O artista plástico Èdi Marques nascido e criado em Acorizal, cidade que fica a pouco menos de 60 quilômetros de Cuiabá, mais, precisamente, na Fazenda Boa Vista, do seu Osvaldo Sobrinho, começou seu interesse pela arte realista desde muito jovem.
Assim, já aos quatro anos ganhava de seus irmãos os lápis de cera que o incentivaram a lapidar a sua arte.
Uma época que seus irmãos mais velhos ainda competiam para saber quem desenhava melhor. Ambos, acabando frustrados pelos traços hiper-realistas do irmão mais novo: o Èdi. Traços acompanhados de expressões e movimentos incomuns.
“Na minha imaginação as formas das rachaduras na parede eram desenhos, assim, obviamente, as retrava com fidelidade, nos blocos de anotação do escritório da propriedade”, disse Èdi.
Na escola recebia principalmente o incentivo da professora que o inscrevia em vários concursos de desenho, vencendo quase todos eles.
O talento segundo o pintor é divino, ao fazer referência ao talento dado por Deus, e ao revelar que ele sempre o acompanhou. Assim, ele foi dando importância à habilidade e, agora, mais experiente, vem aprimorando sua técnica cada vez mais.
"Eu acho que eu já nasci artista e não sabia. Nasci desenhando. (...) Sempre desenhei, sempre gostei de retratar a natureza e pessoas em minhas obras, inclusive, de participar dos concursos de desenhos”.
As obras apresentam o cotidiano observado pelo artista. Mas, claro, ele pega encomendas, e as produz com o mesmo carinho e rigor.
Desperta atenção de quem observa as obras de Èdi, o seu hiper realismo, em um contexto artístico onde se destacam com bastante fluidez o claro e escuro[sombras] nas imagens.
Algumas de suas pinturas já foram vendidas para compradores dentro e fora do Brasil. Em países, por exemplo, como a Áustria. No Brasil, vendeu obras para São Paulo e Belo Horizonte. Mas o público que Èdi Marques realmente gostaria de alcançar é o de Mato Grosso, em particular, da Baixada Cuiabana.
Ao confidenciar sobre a dificuldade de sobreviver da sua arte. Pontuando que o brasileiro ainda tem a arte como algo supérfluo, ou seja, poucas pessoas valorizam os saberes e expressões artísticas.
"É um universo bem diferente do que as pessoas, que estão de fora, acreditam quanto a sobreviver da arte. Ainda é bem complicado. Tem que gostar e saber se garantir no que faz para conseguir viver disso. Hoje trabalho em um ramo completamente diferente, no comércio, após várias tentativas de sobreviver da arte”, relata.
Aos 35 anos, Èdi diz que, apesar do reconhecimento, ainda é difícil viver apenas de suas telas, ainda que não perca a esperança de um dia alcançar reconhecimento suficiente para poder viver do que gosta.
“O que eu espero é um dia viver da arte, viajar pelo mundo todo expondo meus trabalhos e conhecendo nova técnicas. Mas para isso quero consolidar uma carreira voltada para pintura a óleo, com inspiração de paisagens e cenários regionais”.
Profissionalizar-se como artista é um tipo de investimento sem fim, tanto com matérias para uso, quanto para o conhecimento de técnicas para atuação. O cenário cultural no Brasil atravessa um período delicado que exige estratégias dinâmicas para superar esse momento.
Pensando nisso Èdi, se reinventou e passou a produzir o hiper realismo sombreado. Técnica que utiliza apenas o monocromático[preto e branco]. Comumente, usando como materiais de desenho, a tela em tecido, lápis (hb, 2b, 4b, 6b e 8b), labiseira (0,3 mm, 0,5mm, 7,5mm e 0,9mm), borracha limpa tipo profissional, carvão vegetal, caneta branca profissional, caneta atômica pilot (0,1mm e 0,2mm), algodão, pincel de cerdas para esfumaçar, carvão vegetal e cotonetes.
Caprichando bem no sombreamento, o artista consegue alcançar quase o absoluto realismo em seus trabalhos. "O interesse pela monocromático se dá pelo valor dos materiais para realizar a obra, procuro sempre o mais acessível", ainda diz o artista.
Quem se interessar pelas obras ou desejar fazer encomendas, ligar pelo celular de Édi Marques é: 065 99930-3473